No livro de Gênesis, a partir do
cap. 37, temos a história de José (filho de Jacó) vendido pelos seus próprios
irmãos.
José era odiado por seus irmãos
porque estes viam como o pai deles tinha uma preferência particular por ele, a ponto
de lhe dar uma túnica talar de mangas compridas. Isto cortou o relacionamento
amigável deste com seus irmãos.
Aquele jovem que não vivia em paz
em sua casa, teve um sonho, relatado assim:
“Teve
José um sonho e o relatou a seus irmãos; por isso, o odiaram ainda mais”
(Gn. 37:5).
O que ele sonhou, assim relatou:
“Atávamos
feixes no campo, e eis que o meu feixe se levantou e ficou em pé; e os vossos
feixes o rodeavam e se inclinavam perante o meu” (Gn. 37:7).
Depois que José contou seu sonho
aos de sua casa, a situação só piorou:
“Então,
lhe disseram seus irmãos: Reinarás, com efeito, sobre nós? E sobre nós
dominarás realmente? E com isso tanto mais o odiavam, por causa dos seus sonhos
e de suas palavras” (Gn. 37:8).
No segundo sonho que teve, falou
ainda José:
“Sonhei
também que o sol, a lua e onze estrelas se inclinaram perante mim”
(Gn. 37:9). Isto foi demais; nem seu próprio pai suportou ouvir tal afirmação,
pelo qual repreendeu a José: “Que sonho é este que tiveste?
Acaso, viremos, eu e tua mãe e teus irmãos, a inclinar-se perante ti em terra?”
(Gn. 37:10). Percebam que José recebeu oposição até daqueles de sua própria
casa, pois seus ideais pareciam grandes demais.
Sabemos do restante desta
história que José foi traído por seus irmãos – ainda que Rubem (v. 21) e Judá
(vs. 26 e 27) de certa forma o ajudaram. José foi jogado numa cisterna vazia,
sem água; posteriormente vendido aos ismaelitas que o levaram ao Egito e o
venderam a Potifar, oficial de Faraó, comandante da guarda, egípcio.
Mas, diante de todas as
adversidades sofridas por José, por causa de seus sonhos, uma verdade
providencial o acompanhava: “O SENHOR era com
José, que veio a ser homem próspero...” (Gn. 39:2).
Depois de tudo que aconteceu,
após ter sido ele levado ao Egito, podemos concluir que os seus sonhos sempre
foram verdadeiros, pois realmente ele terminou sua jornada bem superior aos
seus irmãos e pai, como podemos ler no último capítulo do livro: “Vós na verdade, intentaste o mal contra mim; porém Deus
o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida. Não temais, pois;
eu vos sustentarei a vós outros e a vossos filhos. Assim, os consolou e lhes
falou ao coração” (Gn. 50:20,21). Aquele jovenzinho outrora tão
criticado, agora discursava firme, diante de todos, com autoridade. Afinal, estas
palavras agora tinham o peso de pertencerem a José, o Governador do Egito! Seus
sonhos eram verdadeiros!
E nós? Peçamos ao SENHOR para
sonharmos – e realizarmos – de acordo com Sua vontade, para a glória de Deus!
Poderá ser que alguns (quantos?)
demonstrarão a síndrome dos irmãos de José: “Lá vem
o tal sonhador!” (Gn. 37:18); outros - a exemplo do próprio pai
de José - com aparência de sabedoria, acharão esquisito nosso projeto e de
forma indiferente dirão: “Que sonho é
esse que tiveste?” (Gn. 37:10); ainda outros, como os nobres
dos tecoítas, simplesmente ficarão inativos diante dos serviços da
construção:
“Ao lado destes, repararam os tecoítas; os
seus nobres, porém, não se sujeitaram ao serviço do seu senhor”
(Ne. 3:5). Enquanto todos trabalhavam no árduo serviço de reedificação dos
muros de Jerusalém liderados por Neemias – inclusive os tecoítas – os seus insubordinados
“nobres” tiravam boas e inoportunas
férias, ficando de fora do serviço que era de todos. Que triste exemplo!
Participemos orando, apoiando e
contribuindo. Só temos a ganhar. Quer um apoio bíblico?
“Porque
Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que
evidenciastes para com o Seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos.
Desejamos, porém, continue cada um de vós mostrando, até ao fim, a mesma
diligência...” (Hb. 6:10,11).
Sabemos que, com a bênção divina,
quando a obra se realizar, alguns dirão bem baixinho:
-
É... Eles tinham razão!
Comentários
Postar um comentário