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Cuidado com o seu trabalho



“Naquele mesmo dia, pois, deu ordem Faraó aos superintendentes do povo e aos seus capatazes, dizendo: “Daqui em diante não torneis a dar palha ao povo, para fazer tijolos, como antes; eles mesmo que vão e ajuntem para si a palha. E exigireis deles a mesma conta de tijolos que antes faziam; nada diminuireis dela; estão ociosos e, por isso, clamam: Vamos e sacrifiquemos ao nosso Deus. Agrave-se o serviço sobre esses homens, para que neles se apliquem e não dêem ouvidos a palavras mentirosas” (Ex. 5:6-9).
Estamos diante de um texto sobre a aflição dos israelitas, quando estes eram escravizados por Faraó a trabalhos forçados, acusando, indevidamente, o povo de ocioso, dizendo que este povo trabalhava pouco, sobrando bastante tempo para pensarem coisas indevidas. Que mentira!
Faraó agiu assim, depois que Moisés e Arão lhe disseram: “Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Deixa ir meu povo, para que me celebre uma festa no deserto (Ver Êx. 5:1).
Continuando esse dialogo de Moisés e Arão com Faraó, este falou que não conhecia o Senhor, nem tão pouco deixaria ir o povo celebrar tal festa no deserto. Depois de certa insistência desses dois homens, leiamos a reação de Faraó: “Então lhes disse o rei do Egito: Por que, Moisés e Arão, por que interrompeis o povo no seu trabalho? Ide às vossas tarefas” (Êx. 5:4). No versículo seguinte – 5 - Faraó justifica sua fala dizendo que Moisés e Arão estão atrapalhando o povo no seu serviço, com a expressão “vós o distraís das sua tarefas”.
Quando lemos esse texto (Êx. 5:6-9), devemos ver uma ilustração da ação do inimigo diante das pessoas, agindo de forma a impedir a comunhão destas com Deus.
Quando Arão e Moisés falaram as palavras enviadas por Deus ao povo, podemos ver o resultado: “E o povo creu; e, tendo ouvido que o Senhor havia visitado os filhos de Israel e lhes vira a aflição, inclinaram-se e o adoraram” Êx. 4:31.
Com o povo de Israel, Faraó lhe aumentou o serviço, afim deles não terem tempo para Deus. Porém, muitas vezes o inimigo age de forma bem mais sutil. Ele prende as pessoas em seus locais de trabalho, com certos afazeres; outras vezes as prende com suas tarefas em casa; também o inimigo o faz de forma implícita, através de uma ocupação que, inicialmente, se mostra boa. Todas essas coisas são realmente boas e necessárias (trabalho, nas suas diferentes modalidades), porém, há o grande perigo disso tudo nos tomar tempo que antes empregávamos para nossa comunhão com Deus, nosso Deus!
Minhas tarefas têm tomado o meu permanecer com o SENHOR? Devemos analisar este ponto de forma bem honesta, para o nosso próprio bem. Para que possamos ter comunhão com o SENHOR, precisamos de tempo. E é exatamente isto que o inimigo quer nos roubar. Ele quer que ocupemos todo o nosso tempo – mesmo com coisas consideradas boas – a fim de não termos tempo para Deus. Aquele povo citado acima, teria que produzir da mesma forma, além de um serviço a mais – recolher a palha para a fabricação de tijolos, e não somente fabricá-los. Por quê? O versículo 9 esclarece: “Agrava-se o serviço sobre esses homens, para que neles se apliquem e não dêem ouvidos a palavras mentirosas”. Mais serviços, menos tempo pra Deus!
O salmo 46:10 nos relembra:“Aquietai-vos e sabei que Eu Sou Deus...”. Acalme-se um pouco para poder ter comunhão com o SENHOR!
Não precisamos correr quando estamos com o SENHOR. Necessitamos, sim, correr para que possamos ter bastante tempo com Ele! Se possível, devemos até sacrificar alguns serviços, para o nosso próprio bem.
                              

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